O governo Dilma Rousseff pretende dificultar ainda mais o acesso do trabalhador ao abono salarial do PIS, que prevê o pagamento de um salário mínimo para quem recebe média mensal de até dois salários mínimos.
Dilma apresentou a proposta ao Condefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador) de pagar o abono até dezembro somente para 50% dos trabalhadores que têm direito ao benefício. Os demais receberiam a partir de março de 2016. O calendário terminaria em junho do próximo ano.
Atualmente, a data de pagamento do PIS vai de julho de um ano até junho do outro. Geralmente, o governo federal paga 90%¨da conta até dezembro e o restante no ano seguinte.
No país, 23 milhões de trabalhadores têm direito ao salário mínimo do PIS. Se o objetivo do governo for alcançado, pelo menos 11,5 milhões de pessoas só vão receber o dinheiro a partir de março de 2016, podendo se estender até junho.
Este é mais um ataque à classe trabalhadora, que já vem sendo prejudicada com redução de direitos trabalhistas e sociais. Mais uma vez, o governo Dilma joga nas costas dos trabalhadores a conta da crise econômica, prejudicando exatamente aqueles que ganham menos (média mensal de dois salários mínimos).